Eu não estou lá - Não Chore À Beira do Meu Túmulo.
Este poema foi escrito por Mary Elizabeth Frye, em 1932. Ela não era poeta, era florista. O que acaba resultando na mesma arte de cultivar beleza. Ela vivia em Ohio, Estados Unidos, e se compadeceu da dor de uma jovem judia cuja mãe estava muito doente, na Alemanha. A jovem, Margaret, havia sido advertida a não voltar à Alemanha naqueles tempos duros de antissemitismo. Quando sua mãe morreu, a jovem disse a Elizabeth: “Nunca tive a chance de chorar no túmulo da minha mãe.” Elizabeth pegou então o papel que tinha em mãos, escreveu este poema e a entregou.
Don’t Stand At My Grave And Weep
“Do not stand at my grave and weep,
I am not there, I do not sleep.
I am in a thousand winds that blow,
I am the softly falling snow.
I am the gentle showers of rain,
I am the fields of ripening grain.
I am in the morning hush,
I am in the graceful rush
Of beautiful birds in circling flight,
I am the starshine of the night.
I am in the flowers that bloom,
I am in a quiet room.
I am in the birds that sing,
I am in each lovely thing.
Do not stand at my grave bereft
I am not there. I have not left.”
Coloquei em inglês pra preservar a beleza e a musicalidade do poema. Mas acrescento a versão em português:
Não Chore À Beira do Meu Túmulo
“Não chore à beira do meu túmulo,
eu não estou lá… eu não dormi.
Estou em mil ventos que sopram,
E a neve macia que cai.
Nos chuviscos suaves,
Nos campos de colheita de grãos.
Eu estou no silêncio da manhã.
Na algazarra graciosa,
De pássaros a esvoaçar em círculos.
No brilho das estrelas à noite,
Nas flores que desabrocham.
Em uma sala silenciosa.
No cantar dos pássaros,
Em cada coisa que lhe encantar.
Não chore à beira do meu túmulo desolado,
Eu não estou lá – eu não parti.”