Ginecologista social, formando opinião com o que lhe esvai da alma :sentimentos Construo-me com os tijolos da dedicação e do amor! Meu telhado de cristal quer ver as estrelas e o sol. Não o embace ...você me cegaria! Amigo é aquele que nos enxerga pelos nossos olhos como nós somos e ainda assim nos ama .
sábado, 31 de dezembro de 2016
sábado, 26 de novembro de 2016
Não Chore À Beira do Meu Túmulo - Eu não estou lá
Eu não estou lá - Não Chore À Beira do Meu Túmulo.
Este poema foi escrito por Mary Elizabeth Frye, em 1932. Ela não era poeta, era florista. O que acaba resultando na mesma arte de cultivar beleza. Ela vivia em Ohio, Estados Unidos, e se compadeceu da dor de uma jovem judia cuja mãe estava muito doente, na Alemanha. A jovem, Margaret, havia sido advertida a não voltar à Alemanha naqueles tempos duros de antissemitismo. Quando sua mãe morreu, a jovem disse a Elizabeth: “Nunca tive a chance de chorar no túmulo da minha mãe.” Elizabeth pegou então o papel que tinha em mãos, escreveu este poema e a entregou.
Don’t Stand At My Grave And Weep
“Do not stand at my grave and weep,
I am not there, I do not sleep.
I am in a thousand winds that blow,
I am the softly falling snow.
I am the gentle showers of rain,
I am the fields of ripening grain.
I am in the morning hush,
I am in the graceful rush
Of beautiful birds in circling flight,
I am the starshine of the night.
I am in the flowers that bloom,
I am in a quiet room.
I am in the birds that sing,
I am in each lovely thing.
Do not stand at my grave bereft
I am not there. I have not left.”
Coloquei em inglês pra preservar a beleza e a musicalidade do poema. Mas acrescento a versão em português:
Não Chore À Beira do Meu Túmulo
“Não chore à beira do meu túmulo,
eu não estou lá… eu não dormi.
Estou em mil ventos que sopram,
E a neve macia que cai.
Nos chuviscos suaves,
Nos campos de colheita de grãos.
Eu estou no silêncio da manhã.
Na algazarra graciosa,
De pássaros a esvoaçar em círculos.
No brilho das estrelas à noite,
Nas flores que desabrocham.
Em uma sala silenciosa.
No cantar dos pássaros,
Em cada coisa que lhe encantar.
Não chore à beira do meu túmulo desolado,
Eu não estou lá – eu não parti.”
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Dicas Para Maiores de 60 Anos (E Para Quem Vai Chegar Lá)
Dicas Para Maiores de 60 Anos (E Para Quem Vai Chegar Lá)
Apresentamos
a seguir uma seleção de dicas e sugestões para aqueles que passaram das
suas bem-vividas 60 primaveras e para quem ainda não chegou lá e,
quando chegar, quer vivê-las plenamente. Algumas você já sabe, outras
podem lhe surpreender... Enfim, leia, reflita, coloque em prática o que
lhe convém e... tenha uma ótima vida!
1. É hora de usar o dinheiro (pouco ou muito) que você conseguiu economizar.
Use-o para você, não para guardá-lo. Não desfrute-o com aqueles que não
têm a menor noção do sacrifício que você fez para consegui-lo.
Geralmente alguns parentes, mesmo que distantes, têm ótimas ideias sobre
como aplicar o seu suado dinheiro. Lembre-se que não há nada mais
perigoso do que um parente com ideias. Atenção: não é época de fazer
investimentos grandiosos. Eles acabam trazendo problemas e agora é hora
de ter muita paz e tranquilidade.
2. Pare de se preocupar com a situação financeira dos seus filhos e netos. Não se sinta culpado por gastar o dinheiro consigo mesmo. Você provavelmente já ofereceu o que foi possível na infância e juventude, como uma boa educação. Agora a responsabilidade é deles.
3. Não é mais época de sustentar pessoas de sua família. Estamos nos referindo aos "folgados", evidentemente. Seja um pouco egoísta, mas não avarento. Tenha uma vida saudável, sem grande esforço físico. Faça ginástica moderada (como andar regularmente) e coma bem e corretamente.
4. Compre sempre o melhor e mais bonito. Lembre-se que, neste momento, um objetivo fundamental é o de gastar dinheiro com você mesmo, com seus gostos e caprichos, bem como os do seu parceiro. Após a morte, o dinheiro só gera ódio e ressentimento.
5. Nada de angustiar-se com pouca coisa. Na vida tudo passa, sejam os bons momentos para serem lembrados, sejam os maus, que devem rapidamente ser esquecidos.
2. Pare de se preocupar com a situação financeira dos seus filhos e netos. Não se sinta culpado por gastar o dinheiro consigo mesmo. Você provavelmente já ofereceu o que foi possível na infância e juventude, como uma boa educação. Agora a responsabilidade é deles.
3. Não é mais época de sustentar pessoas de sua família. Estamos nos referindo aos "folgados", evidentemente. Seja um pouco egoísta, mas não avarento. Tenha uma vida saudável, sem grande esforço físico. Faça ginástica moderada (como andar regularmente) e coma bem e corretamente.
4. Compre sempre o melhor e mais bonito. Lembre-se que, neste momento, um objetivo fundamental é o de gastar dinheiro com você mesmo, com seus gostos e caprichos, bem como os do seu parceiro. Após a morte, o dinheiro só gera ódio e ressentimento.
5. Nada de angustiar-se com pouca coisa. Na vida tudo passa, sejam os bons momentos para serem lembrados, sejam os maus, que devem rapidamente ser esquecidos.
6. Independente da idade, sempre mantenha vivo o amor. Ame
o seu parceiro, ame a vida, ame o seu próximo... E LEMBRE-SE: "Um homem
nunca é velho enquanto lhe resta a inteligência e o afeto".
7. Cuide da sua aparência. Frequente o cabeleireiro ou o barbeiro, faça as unhas, vá ao dermatologista, dentista, e use bons perfumes e cremes com moderação. Porque se agora você não é bonito, é, pelo menos, bem conservado.
8. Acompanhe as tendências da moda, adaptando-as ao seu físico e à sua idade. Há pouca coisa mais patética do que uma pessoa de meia-idade com penteados e roupas feitas para gente jovem e sarada.
9. SEMPRE mantenha-se atualizado. Leia livros e jornais, ouça rádio, assista bons programas na TV, visite a internet com alguma frequência, envie e responda os seus e-mails e use as redes sociais, mas sem estresse ou como vício. Visite os amigos e receba-os também.
10. Respeite a opinião dos JOVENS. Muitos deles estão melhor preparados para a vida do que você imagina. Como nós quando tínhamos a idade deles.
7. Cuide da sua aparência. Frequente o cabeleireiro ou o barbeiro, faça as unhas, vá ao dermatologista, dentista, e use bons perfumes e cremes com moderação. Porque se agora você não é bonito, é, pelo menos, bem conservado.
8. Acompanhe as tendências da moda, adaptando-as ao seu físico e à sua idade. Há pouca coisa mais patética do que uma pessoa de meia-idade com penteados e roupas feitas para gente jovem e sarada.
9. SEMPRE mantenha-se atualizado. Leia livros e jornais, ouça rádio, assista bons programas na TV, visite a internet com alguma frequência, envie e responda os seus e-mails e use as redes sociais, mas sem estresse ou como vício. Visite os amigos e receba-os também.
10. Respeite a opinião dos JOVENS. Muitos deles estão melhor preparados para a vida do que você imagina. Como nós quando tínhamos a idade deles.
11. Nunca use o termo "no meu tempo". Seu tempo é agora, não se confunda. Pode lembrar do passado, mas com saudade moderada e feliz por ter vivido.
12. NÃO caia na tentação de viver com seus filhos ou netos. Apesar de, ocasionalmente visitá-los por alguns dias como hóspede, respeite a privacidade deles, mas especialmente a sua. Se você perdeu o seu parceiro, consiga uma pessoa para ir morar com você e ajudar com as tarefas domésticas. Tome esta decisão somente quando não mais puder cuidar de si mesmo sozinho.
13. Pode ser muito divertido conviver com pessoas de sua idade. E o mais importante, não vai funcionar com qualquer um, mas sim se você se reunir com pessoas positivas e alegres, nunca com "velhos amargos".
14. Mantenha um hobby. Você pode viajar, caminhar, cozinhar, ler, dançar, cuidar de um gato, de um cachorro, cuidar de plantas, jogar cartas, damas, xadrez, dominó, golfe, navegar na internet, pintar, fazer trabalho voluntário em uma ONG ou colecionar alguma coisa. Faça o que você gosta e o que seus recursos permitem.
12. NÃO caia na tentação de viver com seus filhos ou netos. Apesar de, ocasionalmente visitá-los por alguns dias como hóspede, respeite a privacidade deles, mas especialmente a sua. Se você perdeu o seu parceiro, consiga uma pessoa para ir morar com você e ajudar com as tarefas domésticas. Tome esta decisão somente quando não mais puder cuidar de si mesmo sozinho.
13. Pode ser muito divertido conviver com pessoas de sua idade. E o mais importante, não vai funcionar com qualquer um, mas sim se você se reunir com pessoas positivas e alegres, nunca com "velhos amargos".
14. Mantenha um hobby. Você pode viajar, caminhar, cozinhar, ler, dançar, cuidar de um gato, de um cachorro, cuidar de plantas, jogar cartas, damas, xadrez, dominó, golfe, navegar na internet, pintar, fazer trabalho voluntário em uma ONG ou colecionar alguma coisa. Faça o que você gosta e o que seus recursos permitem.
15. ACEITE convites.
Batizados, formaturas, aniversários, casamentos, conferências... Visite
museus, vá para o campo... o importante é sair de casa por um tempo.
Mas não fique chateado quando não for convidado. Certamente, quando você
era jovem também não convidava seus pais para tudo.
16. Fale pouco e ouça mais. Sua vida e seu passado só importam para você mesmo. Se alguém lhe perguntar sobre esses assuntos, seja breve e tente falar sobre coisas boas e agradáveis. Jamais se lamente de nada. Fale em um tom baixo, cortês. Não critique ou se queixe de tudo, aceite situações como elas são. Tudo está passando.
16. Fale pouco e ouça mais. Sua vida e seu passado só importam para você mesmo. Se alguém lhe perguntar sobre esses assuntos, seja breve e tente falar sobre coisas boas e agradáveis. Jamais se lamente de nada. Fale em um tom baixo, cortês. Não critique ou se queixe de tudo, aceite situações como elas são. Tudo está passando.
17. Dores e desconfortos sempre surgirão. Não
os torne mais problemático do que são. Tente minimizá-los e não
transformá-los no principal assunto da sua conversa. Afinal, eles só
afetam você e são problemas seus e do seu médico. Lamentações não servem
para nada.
18. Se você foi ofendido por alguém, perdoe. Se você ofendeu alguém, peça perdão. Não arraste ressentimentos pela vida. Eles só servem para deixar você amargurado e triste. Alguém disse que "guardar ressentimentos é como tomar veneno esperando que faça efeito em outra pessoa." Não se deixe envenenar.
19. Se você tem uma crença ou pratica uma religião, conserve-a. Mas orar e tentar converter os outros o tempo todo como um fanático não levará a nada. Se você é religioso, viva a sua fé intensamente, mas com discrição.
20. Ria-se muito, ria-se de tudo. Você é um sortudo, você está tendo uma vida longa, e a morte só será uma nova etapa, uma etapa desconhecida, assim como foi incerta toda a sua vida.
21. Não faça caso do que dizem a seu respeito, e menos ainda do que pensam de você. Se alguém lhe diz que agora você não faz nada de importante, não se preocupe. A coisa mais importante já está feita: você e sua história, boa ou ruim, foi e ainda está sendo escrita. Agora, é o momento de descansar, ficar em paz e ser tão feliz quanto for possível.
18. Se você foi ofendido por alguém, perdoe. Se você ofendeu alguém, peça perdão. Não arraste ressentimentos pela vida. Eles só servem para deixar você amargurado e triste. Alguém disse que "guardar ressentimentos é como tomar veneno esperando que faça efeito em outra pessoa." Não se deixe envenenar.
19. Se você tem uma crença ou pratica uma religião, conserve-a. Mas orar e tentar converter os outros o tempo todo como um fanático não levará a nada. Se você é religioso, viva a sua fé intensamente, mas com discrição.
20. Ria-se muito, ria-se de tudo. Você é um sortudo, você está tendo uma vida longa, e a morte só será uma nova etapa, uma etapa desconhecida, assim como foi incerta toda a sua vida.
21. Não faça caso do que dizem a seu respeito, e menos ainda do que pensam de você. Se alguém lhe diz que agora você não faz nada de importante, não se preocupe. A coisa mais importante já está feita: você e sua história, boa ou ruim, foi e ainda está sendo escrita. Agora, é o momento de descansar, ficar em paz e ser tão feliz quanto for possível.
E LEMBRE-SE: "A vida é muito curta para beber vinho ruim!"
segunda-feira, 30 de maio de 2016
7 Cuidados Importantes Para Cuidar de Pessoas com Demência
7 Cuidados Importantes Para Cuidar de Pessoas com Demência
Um
dos momentos mais difíceis da minha vida foi quando minha mãe foi
diagnosticada com demência. Afinal, trata-se de uma doença degenerativa e
sem cura, então não tinha ideia de como lidar com isso. Como eu
cuidaria dela? Seria mesmo preciso contratar algum cuidador para isso?
Com o passar do tempo, percebi que não há muito o que fazer, além de
manter a pessoa segura e com conforto. No entanto, tive alguns
aprendizados que foram e têm sido muito úteis e que vale a pena
compartilhá-los para quem passa por este momento tão delicado, mas que
pode ser mais fácil com esses passos.
1. Leve-os para almoçar ao ar livre
Estudos científicos mostraram que comer e beber ao ar livre podem melhorar a qualidade de vida. Faz com que as pessoas sintam que fazem parte de um grupo. As dificuldades físicas causadas pela demência pode dificultar a vida social, e a pessoa pode ficar muito deprimida e até agravar o quadro clínico. Por isso, faça isso de vez em quando. Leve o seu parente para almoçar ao ar livre em um dia ensolarado, e convide amigos e familiares para socializar com ele. Isso o fará sentir-se melhor.
2. Deixe-os observar e imitar as suas ações
Outro estudo comprovou que realizar refeições com pacientes com Alzheimer ou demência pode ajudá-los a realizar certas tarefas, pois eles observam suas ações e as imitam. Por exemplo, uma pessoa com com demência pode ter dificuldade para segurar garfo e faca, e às vezes não sabe o que fazer com eles. No entanto, ao observá-lo fazendo suas refeições, pode ajudá-los a lembrar. E isso não se restringe somente às refeições. Pode ser feita em outras atividades, como usar o telefone e lavar roupa. Os pacientes observam e imitam. Isso é fundamental para que tenham mais independência, além de diminuir o avanço da doença.
Estudos científicos mostraram que comer e beber ao ar livre podem melhorar a qualidade de vida. Faz com que as pessoas sintam que fazem parte de um grupo. As dificuldades físicas causadas pela demência pode dificultar a vida social, e a pessoa pode ficar muito deprimida e até agravar o quadro clínico. Por isso, faça isso de vez em quando. Leve o seu parente para almoçar ao ar livre em um dia ensolarado, e convide amigos e familiares para socializar com ele. Isso o fará sentir-se melhor.
2. Deixe-os observar e imitar as suas ações
Outro estudo comprovou que realizar refeições com pacientes com Alzheimer ou demência pode ajudá-los a realizar certas tarefas, pois eles observam suas ações e as imitam. Por exemplo, uma pessoa com com demência pode ter dificuldade para segurar garfo e faca, e às vezes não sabe o que fazer com eles. No entanto, ao observá-lo fazendo suas refeições, pode ajudá-los a lembrar. E isso não se restringe somente às refeições. Pode ser feita em outras atividades, como usar o telefone e lavar roupa. Os pacientes observam e imitam. Isso é fundamental para que tenham mais independência, além de diminuir o avanço da doença.
3. Prepare uma refeição que eles reconheçam
No caso da demência, é mais fácil para o paciente reconhecer algumas memórias da infância do que lembrar o que aconteceu no dia anterior. Então, prepare alguma refeição que faça parte de suas memórias. Lembre-se de algum preparo do qual ele gosta muito e faça. Isso será um grande benefício para a mente e o bem-estar do paciente.
No caso da demência, é mais fácil para o paciente reconhecer algumas memórias da infância do que lembrar o que aconteceu no dia anterior. Então, prepare alguma refeição que faça parte de suas memórias. Lembre-se de algum preparo do qual ele gosta muito e faça. Isso será um grande benefício para a mente e o bem-estar do paciente.
4. Peça para tocarem piano
Isso vale somente para aqueles
que já tenham tocado o instrumento anteriormente. Um estudo realizado em
2015 com 200 pacientes que residiam em casas de cuidados para idosos
mostrou que aqueles que não realizavam atividades durante o dia tinham
menos qualidade e expectativa de vida. Também foi comprovado que a
maioria das atividades de casas de repouso nem sempre atraem tanto os
pacientes, e isso inclui estereótipos como bingo, televisão e atividades
manuais. Dentro do estudo, alguns participantes disseram que gostariam
de tocar piano mas ninguém os encorajava a isso, pois os profissionais
responsáveis pelos idosos achavam que eles não tinham capacidade para
isso. Por fim, foi comprovado que pacientes que realizavam hobbies e
atividades que costumavam realizar anteriormente tinham mais facilidade
de socialização, e estava menos propensos a momentos de solidão e
frustração.
5. Verifique se estão bebendo água
A desidratação é uma das maiores causas de óbito de pessoas com demência. Com o aumento da idade e o avanço da doença, os pacientes esquecem de diversas atividades, inclusive tomar água durante o dia, ou não tomam simplesmente porque não conseguem pedir, pois perderam a capacidade de comunicação, e também por terem dificuldade de engolir. Por isso, delicadamente faça com que o seu parente tome água durante o dia, e também pode ser suco, chá e até mesmo isotônicos para repor os minerais. Sopa e refeições e alimentos com alta quantidade de água também são uma boa opção, como maçã, pepinos e folhas.
5. Verifique se estão bebendo água
A desidratação é uma das maiores causas de óbito de pessoas com demência. Com o aumento da idade e o avanço da doença, os pacientes esquecem de diversas atividades, inclusive tomar água durante o dia, ou não tomam simplesmente porque não conseguem pedir, pois perderam a capacidade de comunicação, e também por terem dificuldade de engolir. Por isso, delicadamente faça com que o seu parente tome água durante o dia, e também pode ser suco, chá e até mesmo isotônicos para repor os minerais. Sopa e refeições e alimentos com alta quantidade de água também são uma boa opção, como maçã, pepinos e folhas.
6. Toque as músicas favoritas deles
A música tem o enorme poder de
elevar o espírito e proporcionar bem-estar, e isso inclui pessoas com
demência. De acordo com a Associação de Alzheimer, nos Estados Unidos, a
música pode acalmar pacientes muito agitados, melhorar o humor e também
a coordenação motora, pois o motor central do cérebro responde
imediatamente ao estímulo do som. Procure pelos sucessos de quando seu
parente tinha 20 anos, pois esta é uma fase da vida em que estamos muito
ligados à música, além de fazer reativar a memória deles.
7. Faça passeios na natureza
Pequenos passeios e caminhadas em locais onde há natureza faz com que as pessoas sintam-se melhor e mais à vontade. Um estudo científico realizado em 2014 mostrou que pacientes com demência que passavam mais tempo em locais ao ar livre, como jardins, eram menos agitados comparados aos que ficavam em locais fechados. Rebecca Whear, a profissional responsável pelo estudo, declarou que cenários como jardins são uma forma de terapia em que as pessoas têm mais facilidade de se envolver com o ambiente. Pacientes com demência são encorajados a sentir o perfume das flores ou simplesmente pisando na terra ou grama, e em alguns casos faz com que lembrem da época em que cuidavam de flores e plantas em seus jardins quando eram mais jovens.
Fonte: prevention.com
7. Faça passeios na natureza
Pequenos passeios e caminhadas em locais onde há natureza faz com que as pessoas sintam-se melhor e mais à vontade. Um estudo científico realizado em 2014 mostrou que pacientes com demência que passavam mais tempo em locais ao ar livre, como jardins, eram menos agitados comparados aos que ficavam em locais fechados. Rebecca Whear, a profissional responsável pelo estudo, declarou que cenários como jardins são uma forma de terapia em que as pessoas têm mais facilidade de se envolver com o ambiente. Pacientes com demência são encorajados a sentir o perfume das flores ou simplesmente pisando na terra ou grama, e em alguns casos faz com que lembrem da época em que cuidavam de flores e plantas em seus jardins quando eram mais jovens.
Fonte: prevention.com
A fuga da Freirinha...
Estavam
duas freirinhas, já tarde da noite, caminhando pelas ruas de uma cidade
em direção ao convento, quando perceberam que estavam sendo seguidas
por um tipo grandalhão e mal encarado.
— Irmã, estamos sendo seguidas!
— Impressão sua. Vamos dobrar esta esquina para nos certificarmos.
Dobraram a esquina e o homem atrás delas.
— Que vamos fazer?
— Andar um pouco mais.
E ele continuou seguindo as duas, para desespero delas. Até que uma sugere:
— Irmã, tive uma ideia. Vamos virar na próxima rua e correr uma para cada lado. Quem chegar primeiro ao convento pede socorro.
E assim o fizeram. Ao chegarem à esquina, dispararam em direções opostas. Uma delas conseguiu chegar ao convento e, ofegante, contou às outras freiras o ocorrido. Todas ficaram apavoradas e já iam chamar a polícia quando aparece a outra freirinha, toda esbaforida.
— Irmã, estamos sendo seguidas!
— Impressão sua. Vamos dobrar esta esquina para nos certificarmos.
Dobraram a esquina e o homem atrás delas.
— Que vamos fazer?
— Andar um pouco mais.
E ele continuou seguindo as duas, para desespero delas. Até que uma sugere:
— Irmã, tive uma ideia. Vamos virar na próxima rua e correr uma para cada lado. Quem chegar primeiro ao convento pede socorro.
E assim o fizeram. Ao chegarem à esquina, dispararam em direções opostas. Uma delas conseguiu chegar ao convento e, ofegante, contou às outras freiras o ocorrido. Todas ficaram apavoradas e já iam chamar a polícia quando aparece a outra freirinha, toda esbaforida.
— O que houve?
— Saí correndo e o homem veio atrás de mim.
— E aí?
— Chegou um momento que eu virei uma rua e dei de cara com um beco sem saída. Tentei voltar, mas aquele louco já havia chegado.
— Meu Deus! E depois?!
— Ele me olhou com uma cara muito maliciosa, sorrindo. Então eu ri também e levantei o hábito até o pescoço.
— Oh! E o que ele fez?
— Abaixou as calças até os pés.
— E daí??
— Daí que mulher de saia levantada corre muito mais que homem de calça abaixada, né?!
— Saí correndo e o homem veio atrás de mim.
— E aí?
— Chegou um momento que eu virei uma rua e dei de cara com um beco sem saída. Tentei voltar, mas aquele louco já havia chegado.
— Meu Deus! E depois?!
— Ele me olhou com uma cara muito maliciosa, sorrindo. Então eu ri também e levantei o hábito até o pescoço.
— Oh! E o que ele fez?
— Abaixou as calças até os pés.
— E daí??
— Daí que mulher de saia levantada corre muito mais que homem de calça abaixada, né?!
As 18 Regras do Dalai Lama Para a Vida
As 18 Regras do Dalai Lama Para a Vida
Não
importa se o Dalai Lama é uma personalidade política ou religiosa. Não
importa se você é budista ou tem outra crença. Estes simples e sábios
conselhos de um homem que viajou pelo mundo e sacrificou-se tanto na
tentativa de liberar seu povo merecem encontrar abrigo em seu coração e
mente.
É muito difícil discordar das suas palavras, pois elas têm como objetivo conduzir-nos uma vida melhor, com serenidade e paz de espírito.
É muito difícil discordar das suas palavras, pois elas têm como objetivo conduzir-nos uma vida melhor, com serenidade e paz de espírito.
1. Lembre-se de que grandes amores e grandes conquistas implicam grandes sacrifícios.
2. Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
3.
Viva uma vida boa e respeitável, de forma que, quando você envelhecer,
possa recordá-la e sentir-se satisfeito e reconfortado.
4. Uma atmosfera amorosa em casa deve ser a base de sua vida.
5. Ao discutir com quem você ama, mantenha-se no assunto e não traga coisas do passado.
6. Compartilhe o seu conhecimento. Este é o caminho para a imortalidade.
7. Seja gentil com a natureza.
8. Uma vez por ano, vá a algum lugar que você não conhece.
9. Siga os três Rs: Respeito por si mesmo, Respeito pelos outros e Responsabilidade pelas suas ações.
10. Lembre-se de que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade um do outro.
11. Avalie o seu sucesso pelos sacrifícios que você fez para alcançá-lo.
12. Quando você perder, não perca a lição.
13. Lembre-se de que, às vezes, não conseguir o que queremos é um golpe de sorte.
14. Lembre-se das regras de maneira que possa transgredi-las adequadamente.
15. Não permita que coisas pequenas perturbem uma grande amizade.
16. Quando perceber que cometeu um equívoco, corrija-o o mais rápido que puder.
17. Passe alguns momentos sozinho todos os dias.
18. Mantenha-se aberto às mudanças, mas não perca os seus valores.
terça-feira, 5 de abril de 2016
‘Entre as diversas formas de mendicância, a mais humilhante é a do amor implorado’
‘Entre as diversas formas de mendicância, a mais humilhante é a do amor implorado’
O amor é um encontro entre quereres. Quando um não quer, dois não
amam. É triste quando alguém se convence que é possível amar por dois. O
coração maltrapilho se ilude a vestir, todos os dias, sua fantasia de
ser-amado. Persiste em dançar sem se dar conta de que a festa acabou.
Cadeiras empilhadas, música desligada, luzes apagadas. Não há mais uma
alma viva no salão. É… o coração não sabe ainda, mas está em plena
quarta-feira de cinzas.
Ora, “o que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?” Eu me arrisco a responder Drummond: ser amada. O que a criatura humana quer, mais do que amar, é ser amada. Há um desejo de reconhecimento e aceitação, isso é universal (o que não significa dizer que a obsessão por esse estado seja algo saudável). As pessoas querem ser atravessadas pelo olhar admirado do outro, querem ser curtidas, querem amor. Alguém não quer? Por isso parece tão desesperador quando o outro não topa sentar na gangorra do lado de lá. Não dá pra brincar na gangorra sozinho. Então, não vai ter brincadeira!
Mas porque raios a pessoa não lê os sinais? Acho que faltou à aula de literatura sobre: O Amor Romântico Não Existe — Ele Vende Filmes em Hollywood. Platonismo, masoquismo, sofrismo? É simples a resposta: o sujeito não sabe perder. É um desesperado por ganhar, então, lá vai o coração a implorar por amor. Esfomeado, mimado, o mendiga. Estende a mão trêmula e chora: — Por favor uma esmolinha senhor, por favor, não me negue seu olhar.
É humilhante travar uma luta para convencer a pessoa a gostar de você! Amor não se obriga, não carece convencimento, nem persuasão. Ou é ou não é. Ou quer ou não quer. Quem quer estar ao nosso lado, de verdade, vai sim sempre encontrar uma forma de permanecer — aviso: nesse estabelecimento não trabalhamos com não, nem talvez. Amor é ação, amor é sim, a gente bate no peito e vai viver!
Aquele que vive desesperadamente mendigando ser amado perde a chance de amar honestamente. Sim, quer ser amado ao preço de não poder amar. Isso é tão injusto com a gente. Amar é aceitar, também, que existe uma falha em si e no outro. Esmolar o amor é justamente não aceitar que há uma falta em nós, na qual carecemos aprender a lidar ou morremos insatisfeitos.
Um coração-mendigo esmola, antes de mais nada, o seu amor próprio. É isso! Tá faltando amor cativo à própria história, às realizações, às boas lembranças e às quase certezas sobre quem somos. É piegas, mas acreditem é assim que é. A gente se esquece de lembrar do que construímos de melhor até então. Duvidamos se somos mesmo especiais, bonitos o suficiente, interessantes o bastante. A gente dá uma delirada. Sério! Ficamos cegos e entorpecidos pelo não do outro, como quem diz não à sua própria existência. O amor-mendigo é resultado de um curto-circuito na capacidade de se auto amar, de se auto estimar, pois a outra pessoa encontra-se fantasiosamente misturada a nós. Por isso, parecemos tão perdidos quando o outro não quer mais.
O amor próprio não se apodera com um querer, nem tão pouco com o estalar de um dia. Amar a si, da mesma forma que amar ao outro, é uma construção. É dia a dia. É um enamoramento eterno. Exige disposição, engajamento. Tem que seduzir. Tem que investir. Se pintar, se acariciar, prestar atenção no que traz felicidade. Passar a dar ouvidos às intuições, sem tantos receios. Escutar as coisas bonitas que moram dentro da gente. Cultivar o que nos traz o bem. Amor próprio também é convivência. É cuidar dos nossos detalhes. É enfeitar nosso lar-coração. É trazer flores para casa. É adoçar o café ao nosso gosto. E às vezes é limpeza, varrer a sujeira deixada por corações baderneiros. Que tal começar a faxina hoje? Por onde? Você sabe, claro que sabe, o amor é seu.
*Título tomado de empréstimo de Carlos Drummond de Andrade.
Fonte - Ruth Borges , Revista Bula abril/2016
Ora, “o que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?” Eu me arrisco a responder Drummond: ser amada. O que a criatura humana quer, mais do que amar, é ser amada. Há um desejo de reconhecimento e aceitação, isso é universal (o que não significa dizer que a obsessão por esse estado seja algo saudável). As pessoas querem ser atravessadas pelo olhar admirado do outro, querem ser curtidas, querem amor. Alguém não quer? Por isso parece tão desesperador quando o outro não topa sentar na gangorra do lado de lá. Não dá pra brincar na gangorra sozinho. Então, não vai ter brincadeira!
Mas porque raios a pessoa não lê os sinais? Acho que faltou à aula de literatura sobre: O Amor Romântico Não Existe — Ele Vende Filmes em Hollywood. Platonismo, masoquismo, sofrismo? É simples a resposta: o sujeito não sabe perder. É um desesperado por ganhar, então, lá vai o coração a implorar por amor. Esfomeado, mimado, o mendiga. Estende a mão trêmula e chora: — Por favor uma esmolinha senhor, por favor, não me negue seu olhar.
É humilhante travar uma luta para convencer a pessoa a gostar de você! Amor não se obriga, não carece convencimento, nem persuasão. Ou é ou não é. Ou quer ou não quer. Quem quer estar ao nosso lado, de verdade, vai sim sempre encontrar uma forma de permanecer — aviso: nesse estabelecimento não trabalhamos com não, nem talvez. Amor é ação, amor é sim, a gente bate no peito e vai viver!
Aquele que vive desesperadamente mendigando ser amado perde a chance de amar honestamente. Sim, quer ser amado ao preço de não poder amar. Isso é tão injusto com a gente. Amar é aceitar, também, que existe uma falha em si e no outro. Esmolar o amor é justamente não aceitar que há uma falta em nós, na qual carecemos aprender a lidar ou morremos insatisfeitos.
Um coração-mendigo esmola, antes de mais nada, o seu amor próprio. É isso! Tá faltando amor cativo à própria história, às realizações, às boas lembranças e às quase certezas sobre quem somos. É piegas, mas acreditem é assim que é. A gente se esquece de lembrar do que construímos de melhor até então. Duvidamos se somos mesmo especiais, bonitos o suficiente, interessantes o bastante. A gente dá uma delirada. Sério! Ficamos cegos e entorpecidos pelo não do outro, como quem diz não à sua própria existência. O amor-mendigo é resultado de um curto-circuito na capacidade de se auto amar, de se auto estimar, pois a outra pessoa encontra-se fantasiosamente misturada a nós. Por isso, parecemos tão perdidos quando o outro não quer mais.
O amor próprio não se apodera com um querer, nem tão pouco com o estalar de um dia. Amar a si, da mesma forma que amar ao outro, é uma construção. É dia a dia. É um enamoramento eterno. Exige disposição, engajamento. Tem que seduzir. Tem que investir. Se pintar, se acariciar, prestar atenção no que traz felicidade. Passar a dar ouvidos às intuições, sem tantos receios. Escutar as coisas bonitas que moram dentro da gente. Cultivar o que nos traz o bem. Amor próprio também é convivência. É cuidar dos nossos detalhes. É enfeitar nosso lar-coração. É trazer flores para casa. É adoçar o café ao nosso gosto. E às vezes é limpeza, varrer a sujeira deixada por corações baderneiros. Que tal começar a faxina hoje? Por onde? Você sabe, claro que sabe, o amor é seu.
*Título tomado de empréstimo de Carlos Drummond de Andrade.
Fonte - Ruth Borges , Revista Bula abril/2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
Tu te tornas eternamente trouxa pela expectativa que cultivas
Tu te tornas eternamente trouxa pela expectativa que cultivas
Ninguém se decepciona com o inimigo. O mais difícil na decepção é
que ela vem, justamente, de quem menos esperamos. É feito veneno que
entra na circulação e paralisa a mente. Anestesia a percepção, e então, a
primeira reação é excluir qualquer possibilidade de que aquilo seja
real. A gente nega, mente pra gente na cara dura. — Não é possível que
isso está acontecendo! —Isso não existe! — Nem mesmo eu existo! — Quem
existe? Afinal de contas, onde estão as claquetes, os atores e as
câmeras dessa pegadinha?
Depois, a ficha cai junto com a cara no chão. A gente sente a pancada, bem forte na boca do estômago. É como um filme que paralisamos na cena de um nocaute. E mais tarde, ao apertarmos o play, a pancada vai certeira na alma. A vontade é de virar um cartoon, abrir um zíper nas costas e sair daquela pele, correndo. Em seguida, entrar num bar, levantar a mão para o garçom e pedir: — Outra vida, por favor!
É…para se decepcionar basta estar vivo. Basta esperar, previsionar ou nos cercarmos de expectativas em relação ao outro. Fazemos isso o tempo todo: construímos uma espécie de previsão para facilitar as relações. Mas, jamais conseguiremos prever o desejo do outro, controlar o desejo de alguém. Isso é da ordem do impossível. E aí é claro que uma hora ou outra, desacertamos a previsão. Trocamos um dia lindo de sol ensolarado por tempestades esparsas, com nuvens negras carregadas, a cobrir o fim da tarde de sexta. Nesses dias o tempo fica virado, é céu nublado, e a alma então nem se fala. Uma enxurrada no nosso narcisismo, a nos entregar toda a verdade sobre o mundo: esse lugar é mesmo perigoso. E os habitantes deste planeta inseguro são pessoas, humanos, demasiadamente humanos. Imperfeitos em sua essência, embora cresçamos, muitas vezes, na ilusão maternal a ludibriar nosso convencimento de que o mundo é um lugar legal e todas as pessoas são felizes.
Ninguém está imune a se decepcionar, uma hora ou outra vamos padecer da desilusão, ou seremos nós os protagonistas disso. Traídos ou traidores. Frustrados ou frustradores. Baleados ou atiradores. Quem nunca?
Não somos os mesmos depois de uma desilusão, mas sabemos mais uns dos outros a partir dela. Passamos a suspeitar das previsibilidades humanas de errar, fragilizar, fracassar. Passamos a saber que não é inteligente esperar de quem não tem pra dar. E quando somos nós os errantes, percebemos o quanto ferir alguém que amamos se assemelha cortar a própria carne. Talvez se reestruturarmos o outro dentro de nós, aproximando-o da sua humanidade errante, poderemos assim fazer conosco o mesmo, e crescer um pouco mais. As expectativas correm, sem mais confetes, plumas e paetês. É melhor esperar menos e se surpreender, do que construir castelos no vento, vê-los ruir, e ter que olhar impotente o desengano.
Mas de todas as sequelas que sucedem uma decepção, o aprendizado é o maior risco que corremos. Decepções são ensinamentos, e isso não significa que seja algo pra se colecionar, emoldurar ou passar na frente todo dia e rezar um pai-nosso. Ficar triturando aquilo, acreditando que nossa dor é a maior do mundo, é amarrar corrente no pé e chicotear a felicidade todos os dias. Não dá!
Nossos melhores dias vêm após as piores decepções. Acredite, a gente cria casca e se protege mais, aumenta a imunidade para o dissabor, separa melhor o joio do trigo. Fazemos mais por nós mesmos, esperamos menos do outro, e acabamos, portanto, mais leves e responsáveis por nossa felicidade. A gente descobre no fim que o verdadeiro é o que nos traz o bem, isso permanece. O resto é fumaça, é dor que nas asas do tempo e do perdão — sejamos os errantes ou não — voa pra bem longe de nós.
Fone- Ruth Borges , em Revista Bula
Depois, a ficha cai junto com a cara no chão. A gente sente a pancada, bem forte na boca do estômago. É como um filme que paralisamos na cena de um nocaute. E mais tarde, ao apertarmos o play, a pancada vai certeira na alma. A vontade é de virar um cartoon, abrir um zíper nas costas e sair daquela pele, correndo. Em seguida, entrar num bar, levantar a mão para o garçom e pedir: — Outra vida, por favor!
É…para se decepcionar basta estar vivo. Basta esperar, previsionar ou nos cercarmos de expectativas em relação ao outro. Fazemos isso o tempo todo: construímos uma espécie de previsão para facilitar as relações. Mas, jamais conseguiremos prever o desejo do outro, controlar o desejo de alguém. Isso é da ordem do impossível. E aí é claro que uma hora ou outra, desacertamos a previsão. Trocamos um dia lindo de sol ensolarado por tempestades esparsas, com nuvens negras carregadas, a cobrir o fim da tarde de sexta. Nesses dias o tempo fica virado, é céu nublado, e a alma então nem se fala. Uma enxurrada no nosso narcisismo, a nos entregar toda a verdade sobre o mundo: esse lugar é mesmo perigoso. E os habitantes deste planeta inseguro são pessoas, humanos, demasiadamente humanos. Imperfeitos em sua essência, embora cresçamos, muitas vezes, na ilusão maternal a ludibriar nosso convencimento de que o mundo é um lugar legal e todas as pessoas são felizes.
Ninguém está imune a se decepcionar, uma hora ou outra vamos padecer da desilusão, ou seremos nós os protagonistas disso. Traídos ou traidores. Frustrados ou frustradores. Baleados ou atiradores. Quem nunca?
Não somos os mesmos depois de uma desilusão, mas sabemos mais uns dos outros a partir dela. Passamos a suspeitar das previsibilidades humanas de errar, fragilizar, fracassar. Passamos a saber que não é inteligente esperar de quem não tem pra dar. E quando somos nós os errantes, percebemos o quanto ferir alguém que amamos se assemelha cortar a própria carne. Talvez se reestruturarmos o outro dentro de nós, aproximando-o da sua humanidade errante, poderemos assim fazer conosco o mesmo, e crescer um pouco mais. As expectativas correm, sem mais confetes, plumas e paetês. É melhor esperar menos e se surpreender, do que construir castelos no vento, vê-los ruir, e ter que olhar impotente o desengano.
Mas de todas as sequelas que sucedem uma decepção, o aprendizado é o maior risco que corremos. Decepções são ensinamentos, e isso não significa que seja algo pra se colecionar, emoldurar ou passar na frente todo dia e rezar um pai-nosso. Ficar triturando aquilo, acreditando que nossa dor é a maior do mundo, é amarrar corrente no pé e chicotear a felicidade todos os dias. Não dá!
Nossos melhores dias vêm após as piores decepções. Acredite, a gente cria casca e se protege mais, aumenta a imunidade para o dissabor, separa melhor o joio do trigo. Fazemos mais por nós mesmos, esperamos menos do outro, e acabamos, portanto, mais leves e responsáveis por nossa felicidade. A gente descobre no fim que o verdadeiro é o que nos traz o bem, isso permanece. O resto é fumaça, é dor que nas asas do tempo e do perdão — sejamos os errantes ou não — voa pra bem longe de nós.
Fone- Ruth Borges , em Revista Bula
quarta-feira, 16 de março de 2016
Máscaras
Máscaras
nelson antonio
À noite, fujo de mim ... insólito internauta, estrelas escorrendo pelos dedos no teclado e escondo a imagem lúcida e visível do meu corpo de dia, nas caixas encantadas de segredos, que oculto em territórios impossíveis, ditos nicknames.
Então, penso no mundo que aprendi a sonhar e me instalo num raio de luar, num espaço que é meu, tão real e sensível, que esqueço o cotidiano...
Aí me enfeito em núvens com cabelos de chuvas, olhos de garoa e incríveis adereços de neblina. E sei tear, com lascas de infinito, imensos agasalhos... E sei falar com flores coloridas, salpicadas de orvalho... E me envolvo em cantigas de ninar que repetem : sonhar, sonhar, sonhar...
Mas chega o dia. Inverno ou primavera. Existem máscaras à minha espera. E me adorno com elas, com elas me protejo... Sólido como pedra, então planejo, organizo e dirijo, alheio e impassível, ligado ao que é real, ao que é tangível, provando a dor, a solidão, o medo. E descubro o que sou : um terrível brinquedo !...
nelson antonio
À noite, fujo de mim ... insólito internauta, estrelas escorrendo pelos dedos no teclado e escondo a imagem lúcida e visível do meu corpo de dia, nas caixas encantadas de segredos, que oculto em territórios impossíveis, ditos nicknames.
Então, penso no mundo que aprendi a sonhar e me instalo num raio de luar, num espaço que é meu, tão real e sensível, que esqueço o cotidiano...
Aí me enfeito em núvens com cabelos de chuvas, olhos de garoa e incríveis adereços de neblina. E sei tear, com lascas de infinito, imensos agasalhos... E sei falar com flores coloridas, salpicadas de orvalho... E me envolvo em cantigas de ninar que repetem : sonhar, sonhar, sonhar...
Mas chega o dia. Inverno ou primavera. Existem máscaras à minha espera. E me adorno com elas, com elas me protejo... Sólido como pedra, então planejo, organizo e dirijo, alheio e impassível, ligado ao que é real, ao que é tangível, provando a dor, a solidão, o medo. E descubro o que sou : um terrível brinquedo !...
sábado, 5 de março de 2016
MEDICINA -Inimiga do coração: hipertensão atinge um a cada quatro adultos
Médicos tentam combater e alertar a população sobre a doença
Um mal silencioso com
consequências que podem ser fatais. No Dia de Combate e Prevenção à
Hipertensão, os médicos alertam para o problema, que atinge um a cada
quatro adultos. Reconhecida como inimiga do coração, é um perigo também
para outras áreas do organismo altamente vascularizadas, como cérebro,
rins e até mesmo os olhos. A hipertensão arterial é considerada a partir
de 140 por 90 milímetros de mercúrio (140mmHg por 90mmHg), ou, como se
costuma dizer popularmente: 14 por 9. Pode ser leve, moderada ou grave.
Mas, em qualquer um desses patamares, se não tratada, pode resultar em
complicações para a saúde. “É uma doença muito comum. Como não tem
sintoma nenhum, ao longo dos anos provoca lesões em órgãos nobres, como
coração, rins, cérebro e as grandes artérias”, afirmou o cardiologista
Thiago da Rocha Rodrigues, do Hospital Felício Rocho.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) faz a campanha Quem se medica contra a hipertensão vive sem restrição para alertar para a importância de identificar a doença. Os números são preocupantes: a cada dois minutos, um brasileiro morre por causa de doenças cardiovasculares, 350 mil a cada ano. Apesar dos números, as pessoas ainda não dão a devida atenção.A hipertensão ou pressão alta é uma doença crônica que, depois de 10 e 15 anos, pode resultar em outras doenças, como hemorragia cerebral, acidente vascular cerebral (AVC), infarto, insuficiência renal e obstrução das artérias. “É uma doença silenciosa e traiçoeira. A hipertensão não tratada pode resultar em uma dessas catástrofes”, diz Thiago da Rocha.
Felizmente, é um quadro de fácil diagnóstico, que deve ser feito por um clínico ou cardiologista por meio da aferição. “Basta uma medida simples da pressão, que deve ser feita em qualquer consulta de rotina, ou até mesmo por aparelhos digitais, que são muito comuns na atualidade”, afirma o cardiologista Marcus Bolivar Malachias, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A aferição deve ser feita em um momento em que o paciente estiver tranquilo. “Quando a aferição é feita em um momento de estresse e irritação, a medida pode ficar momentaneamente elevada. É bom que antes a pessoa fique de repouso por pelo menos cinco minutos”, sugere Thiago da Rocha.
O problema pode surgir em qualquer época da vida, mas é mais comum entre 40 e 60 anos de idade. Não há diferença na prevalência entre homens e mulheres. O tratamento é feito por meio de medicamentos, mas também são indicadas redução no consumo de sal e a prática moderada de exercícios físicos. “Dispomos de muitos medicamentos para hipertensão. Temos diversas classes de remédios. O paciente pode não se adaptar a um, mas temos alternativas.”
Ao longo dos anos, os medicamentos passaram a ser mais tolerados, com menos efeitos colaterais, e são mais eficazes. Em cerca de 95% dos casos, a pressão alta tem causas genéticas. O sedentarismo, o alcoolismo e má alimentação podem potencializar o problema em pessoas que tenham predisposição genética. “Quando pai e mãe têm pressão alta, as chances são maiores. Mas não é 100% certo.” É indicado que a pessoa faça um checape para avaliar a pressão.
ALIMENTAÇÃO
A alimentação pode ser uma importante aliada no combate à hipertensão. Além da redução do consumo de sal, a ingestão de alguns nutrientes auxilia na redução de pressão arterial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica o consumo de cinco gramas de sal por dia, mas estudo da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) demonstrou que os brasileiros consomem até 2,5 vezes mais, cerca de 13g diários. De acordo com o nutricionista Lupércio Farah, beterraba, melancia, alimentos verde-escuros, castanhas, nozes e chocolate amargo podem ajudar a reduzir a pressão. Ele também aconselha o consumo de uma taça de vinho ou de suco de uva integral como forma de combater a hipertensão. “Basta sermos criativos. Com o que temos à mão, podemos fazer boas saladas e sucos saborosos”, ensina.
Um estudo publicado no British Journal of Nutrition, em 2012, comparou o efeito de 100g de extrato de beterraba roxa e branca sobre a pressão arterial de pessoas normais. Os resultados mostraram que o nitrato, presente em abundancia na beterraba, foi responsável pela redução da pressão arterial de forma significativa, de 15 por 9 para 13 por 7. Outro estudo conduzido na Itália publicado no American Journal of Clinical Nutrition mostrou que o chocolate amargo reduziu a pressão arterial de 11 por 8 para 10 por 8.
Para combater o sódio, vilão da hipertensão, a dica é apostar no verde. A clorofila (pigmento verde encontrado nos vegetais) é uma das maiores fontes de magnésio que encontramos na natureza. Em níveis normais na corrente sanguínea, o magnésio ajuda na excreção do sódio, responsável por aumentar o volume de líquido nos vasos sanguíneos e, consequente, a pressão arterial. Conduzida por pesquisadores do Departamento de Medicina do Centro Médico Albert Einstein, na Philadelphia (EUA), o estudo demonstrou que a suplementação de magnésio, de três a 24 semanas, resultou na diminuição da pressão arterial.
Márcia Maria Cruz - Estado de Minas
Publicação:26/04/2015 08:03
quarta-feira, 2 de março de 2016
Fisioterapia melhora o desempenho sexual em idosos
Cientistas dos EUA notaram que terapias amenizam danos da queda hormonal
Fisioterapia para o assoalho pélvico reduz incontinência urinária em mulheres e melhora desempenho sexual de homens
A chegada da menopausa compromete a estrutura óssea das mulheres, aumentando os riscos de incontinência urinária por falta de força no assoalho pélvico. Os exercícios físicos têm sido apontados em pesquisa como uma prevenção ao problema. Mas a solução nem sempre é posta em prática com facilidade. “Muitas pessoas nessa condição se veem limitadas a realizar atividades físicas por medo de vazamento. Mas, ao sofrer com a perda óssea ou com o risco dela, é necessário o treinamento de força, além de uma dieta adequada de cálcio e vitamina D para prevenir e reduzir o risco de fratura”, destacou, em comunicado à imprensa, Joann V. Pinkerton, pesquisadora do The North American Menopause Society (NAMS), grupo que edita a revista Menopause, onde o estudo foi publicado.
Por conta da limitação, cientistas do Hospital e Centro de Saúde da Mulher BC em Vancouver, no Canadá, resolveram investigar se exercícios pélvicos poderiam surtir efeito. Eles selecionaram 48 voluntárias com ao menos 55 anos e enfrentando o problema. Metade delas participou de sessões de fisioterapia para exercitar o assoalho pélvico, a outra parcela apenas recebeu orientações médicas de especialistas, como nutricionistas e fisioterapeutas. Ao monitorar as participantes, os investigadores notaram uma redução de 75% em perdas de urina nas mulheres do primeiro grupo. O benefício se manteve durante ao menos um ano.
Para Carolina Adorno, ginecologista e obstetra da Clínica Equilíbrio, em Brasília, a melhora constatada pode ser justificada por necessidades naturais do corpo. “Nossa pelve exige constantes estímulos para não deteriorar e perder massa consistente, que confere força à musculatura de apoio às vísceras. Existem exercícios de toda a pelve que podem ser feitos a qualquer hora do dia, sem mesmo que seja preciso parar as atividades rotineiras, como os de Kegel. Mas é bom que se compreenda que cada caso deve ser analisado individualmente, uma vez que existem diferentes graus de incontinência urinária”, destaca.
Adorno também destaca que pesquisas sobre essa fase da saúde feminina são bem-vindas principalmente pela existência de dúvidas em torno da reposição hormonal. “As mulheres devem entender que a chegada da menopausa não encerra a qualidade de vida, a feminilidade, a libido e o prazer. Pelo contrário, a medicina avança a passos tão largos que, muito provavelmente, pode ser o começo da melhor fase da vida”, diz.
Andropausa
Para os homens, o avançar da idade traz problemas como perda do desejo e dificuldade de ereção. A prescrição de testosterona aos mais velhos, que chegaram à sétima década de vida, traz dados incertos. “Os ensaios em homens mais velhos produziram resultados ambíguos e inconsistentes”, explicou, em comunicado, Jane A. Cauley, pesquisadora na Universidade de Pittsburgh. Agora, ela e colegas divulgaram no New England Journal of Medicine, conclusões promissoras.
Os cientistas analisaram 79 homens com mais de 65 anos e baixos níveis de testosterona. Parte deles recebeu um gel de placebo e outra parcela um gel com o hormônio. As substâncias foram usadas diariamente durante um ano. Os participantes realmente medicados apresentaram melhoras na atividade, no desejo sexual e na capacidade de ter ereção. Os cientistas não observaram avanços significativos na disposição física, mas notaram evoluções no humor e redução de sintomas depressivos.
“Nossos resultados mostram, pela primeira vez, que o tratamento com testosterona em homens mais velhos e com níveis baixos do hormônio tem algum benefício”, destacou, em comunicado, Peter Snyder, professor na Divisão de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo da Universidade da Pensilvânia e um dos autores. “No entanto, as decisões sobre o tratamento com testosterona também dependerão dos resultados de outros quatro ensaios envolvendo funções cognitiva, óssea, cardiovascular e anemia. Precisamos saber dos riscos do tratamento”, complementou.
Para Clovis Cechinel, geriatra do Laboratório Exame, em Brasília, a pesquisa dos cientistas norte-americanos precisa de dados que tragam os possíveis efeitos prejudiciais da testosterona aos homens. “Foram avaliados poucos aspectos. Precisamos pensar na questão dos efeitos adversos, como a acne. Sabemos que ela pode surgir com o uso do hormônio. Temos esses aspectos sexuais positivos mostrados nesse experimento, mas os riscos extras, como problemas cardiovasculares, podem ser gerados”, diz.
Cechinel observa que a testosterona já é prescrita por médicos, mas em situações bem específicas. “Tenho pacientes que usam e respondem bem, mas são casos isolados, nos quais sabemos que as chances de se ter um efeito adverso são pequenas. É preciso ter cuidado com esse tipo de pesquisa para que não ocorra o uso exagerado desse hormônio, o que seria perigoso”, alerta.
Em qualquer posição
São atividades realizadas para combater a perda involuntária de urina. Tonificam e fortalecem o músculo pubiococcígeo, localizado no assoalho pélvico, por meio de concentrações seguidas dele. Servem também para os homens, que podem controlar a ejaculação precoce por meio dos exercícios. Podem ser feitas com a pessoa sentada, em pé ou deitada.
Fonte:: Vilhena Soares - Correio Braziliense 1/3/2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
O amor não precisa ser perfeito, precisa ser possível
Por Ruth Borges
Em nome do amor, a gente sai por aí com um check list na mão,
obstinado a encontrar o bendito ser iluminado, capaz de cumprir toda
tabela de requisitos que precedem uma relação supostamente feliz. Ok
para isso, não ok para aquilo! E riscamos o outro (ou somos riscados)
com o implacável marca texto cor neon, quase um ditador, que insiste em
nos lembrar, o quanto o sujeito é imperfeito demais para nós. Final das
contas: não serve, está demitido de nosso coração por justa causa, a de
não ser sublime.
Estar apaixonado é fazer uma conta que não fecha. Não há matemática capaz de explicar os sentimentos quando acontecem. Vêm feito torrente, atropelando, arrastando e desorganizando qualquer suposição antecipada, pois a verdade é que o sentimento está se lixando para esse guia de amores dos sonhos. Ele só quer se encantar. Assim como a morte, o amor também pode ser fatal, mas se a gente sai com um manual do ser encantado na mão, provavelmente não nos daremos conta de sua deliciosa fatalidade quando surgir. O amor, então, não passará de um desconhecido na fila do banco dos corações endividados, ao qual negamos dar um simples bom dia.
Estaríamos nós nos esquivando de amar, ao preconizar o perfeito? Ora, somos a soma dos amores que vivemos e isso não significa que saímos sempre ilesos de todas as histórias de amor. Vivemos também amores malcriados, daqueles que nos retalham a esperança por dentro. Para toda dor imensa há uma defesa e, talvez, tenhamos inventado esse índice seletivo com a missão de escaparmos de qualquer possibilidade de sofrer. No fundo, estamos mesmo é borrando nas calças de medo e por isso insistimos em seguir carregando, em baixo do braço, essa inflexível lista que nos livra do sofrimento, ao custo de não viver coisa alguma.
Consideremos provável que a impossibilidade de se conectar ao outro, verdadeiramente, possa ser resultado de algo que se encontra quebrado dentro da gente. Trata-se de nossa imperfeição, seguramente faltosa, com a qual não sabemos lidar, por isso a expulsamos para o outro. São feridas narcísicas, ainda sangrando, das quais não queremos nos curar. O resultado é que tentamos obsessivamente encaixar o sujeito nesse modelo do impossível.
Mas o amor é para quem acredita nele, não em sua perfeição, mas em suas possibilidades. Ele talvez queira apenas ser esbarrado ao dobrar a esquina, ao acaso, por alguém que nada mais procura encontrar. Por aquele que desistiu de apanhar a própria sombra. Sempre imaginei que para enxergar o amor nos fosse preciso andar desavisado, como faz um despretensioso andarilho, que já não espera tanto assim do tempo e do mundo.
O amor não precisa ser perfeito, precisa ser possível. É que no imperfeito há sempre um cômodo desconhecido, o qual ainda não visitamos. Nele, o fascínio é capaz de nascer e morrer quantas vezes forem necessárias à sua construção e sobrevivência. O amor sobrevive no aprendizado, na paciência, na beleza e na coragem de imergir. Aliás, ele é para gente ousada, que não teme o improvável, que submerge na imensidão. O amor não costuma mergulhar em gente rasa, e se for empurrado, afogará na própria imagem. Morre encantado no reflexo de um espelho d´agua, inventado para não conceber o imperfeito como possível.
Estar apaixonado é fazer uma conta que não fecha. Não há matemática capaz de explicar os sentimentos quando acontecem. Vêm feito torrente, atropelando, arrastando e desorganizando qualquer suposição antecipada, pois a verdade é que o sentimento está se lixando para esse guia de amores dos sonhos. Ele só quer se encantar. Assim como a morte, o amor também pode ser fatal, mas se a gente sai com um manual do ser encantado na mão, provavelmente não nos daremos conta de sua deliciosa fatalidade quando surgir. O amor, então, não passará de um desconhecido na fila do banco dos corações endividados, ao qual negamos dar um simples bom dia.
Estaríamos nós nos esquivando de amar, ao preconizar o perfeito? Ora, somos a soma dos amores que vivemos e isso não significa que saímos sempre ilesos de todas as histórias de amor. Vivemos também amores malcriados, daqueles que nos retalham a esperança por dentro. Para toda dor imensa há uma defesa e, talvez, tenhamos inventado esse índice seletivo com a missão de escaparmos de qualquer possibilidade de sofrer. No fundo, estamos mesmo é borrando nas calças de medo e por isso insistimos em seguir carregando, em baixo do braço, essa inflexível lista que nos livra do sofrimento, ao custo de não viver coisa alguma.
Consideremos provável que a impossibilidade de se conectar ao outro, verdadeiramente, possa ser resultado de algo que se encontra quebrado dentro da gente. Trata-se de nossa imperfeição, seguramente faltosa, com a qual não sabemos lidar, por isso a expulsamos para o outro. São feridas narcísicas, ainda sangrando, das quais não queremos nos curar. O resultado é que tentamos obsessivamente encaixar o sujeito nesse modelo do impossível.
Mas o amor é para quem acredita nele, não em sua perfeição, mas em suas possibilidades. Ele talvez queira apenas ser esbarrado ao dobrar a esquina, ao acaso, por alguém que nada mais procura encontrar. Por aquele que desistiu de apanhar a própria sombra. Sempre imaginei que para enxergar o amor nos fosse preciso andar desavisado, como faz um despretensioso andarilho, que já não espera tanto assim do tempo e do mundo.
O amor não precisa ser perfeito, precisa ser possível. É que no imperfeito há sempre um cômodo desconhecido, o qual ainda não visitamos. Nele, o fascínio é capaz de nascer e morrer quantas vezes forem necessárias à sua construção e sobrevivência. O amor sobrevive no aprendizado, na paciência, na beleza e na coragem de imergir. Aliás, ele é para gente ousada, que não teme o improvável, que submerge na imensidão. O amor não costuma mergulhar em gente rasa, e se for empurrado, afogará na própria imagem. Morre encantado no reflexo de um espelho d´agua, inventado para não conceber o imperfeito como possível.
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