Bebê que teve o rosto 'comido' pelo herpes serve de alerta para os riscos de beijar e tocar crianças pequenas
A menina britânica de 3 anos sofreu com a ação do vírus após,
supostamente, ter sido infectada por um parente que a beijou; entenda!
A pequena Sienna Duffield, de apenas 3 anos de idade, teve o rosto quase totalmente tomado por lesões causadas pelo herpes e precisou passar por um tratamento que durou oito meses, até conseguir se curar. O caso, que ocorreu no final do ano passado, foi relatado ao tabloide britânico The Daily Mirror, por Savina French-Bell, mãe da menina, que revelou ainda as feridas eram tão graves que os lençóis sobre os quais sua filha dormia amanheciam sujos de sangue e secreção.
Savina contou ao periódico que os primeiros sinais da doença começaram a surgir após a visita de um familiar que teria beijado a menina no rosto. Imaginando que essa era a 'causa' para a instalação da infecção, a mãe de Sienna fez questão de alertar os pais de todo o mundo sobre os cuidados ao receber visitas de parentes e amigos quando se tem uma criança pequena em casa.
Entenda os riscos
Segundo a dermatologista Ana Cláudia Soares, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Minas Gerais (SBD-MG), qualquer pessoa doente – independentemente de ter herpes – deve evitar se aproximar de bebês e crianças pequenas. Ela explica que, além das visitas, os pais também devem ter atenção redobrada com as crianças, principalmente os bebês, para que não ocorram casos de infecção. "Os pais e mães devem sempre lavar bem as mãos antes de tocar em suas crianças. Os visitantes precisam fazer o mesmo, porém, para estas pessoas, é recomendado não tocar nem beijar os bebês", recomenda a especialista.
Ainda de acordo com a dermatologista, essas ações de precaução devem ser feitas porque as crianças pequenas possuem um sistema imunológico em formação, ou seja, fragilizado. Logo, são mais suscetíveis a infecções por vírus e bactérias. Ana Cláudia Soares ressalta que os pais devem estar sempre atentos a qualquer marca diferente que aparecer na pele dos filhos pequenos. "Quando surgem lesões inflamatórias na pele, o cuidado deve ser muito grande, porque, nos bebês e crianças, o vírus pode se disseminar mais rapidamente e desenvolver um quadro extenso e grave", esclarece a presidente da SBD-MG.
Herpes
No caso do vírus do herpes, como o que infectou a menina britânica Sienna Duffield, a especialista afirma que o risco é maior quando se trata de crianças. "Devemos lembrar que, um ou dois dias antes de surgirem os primeiros sinais do herpes, a pessoa infectada já pode transmitir o vírus, principalmente por ainda não saber que está doente", alerta Ana Cláudia Soares.
Quando a pessoa já sabe que está infectada e possui lesões aparentes, o risco de transmissão da doença só termina quando as feridas desaparecerem totalmente, de acordo com a especialista. Ela destaca, também, outra questão importante: "Vale lembrar que não é só o beijo que transmite o herpes. A saliva e o toque também podem causar infecção pelo vírus"
Fonte - Revista Encontro- jan/ 2017.
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