Pra quem tem a alma interiorana e trouxe o corpo pra cidade , deixando-a por lá : nos pequenos igarapés de água cristalina, no cheiro dos eucaliptais, ouvindo a sinfonia dos pássaros, o mugido dos animais pastando nos tapetes das campinas esverdeadas, no céu azulinho cheio de sol, na brisa suave das manhãs que arrepia a pele e franze a alma. Pessoinhas antes felizes e que hoje se debruçam nas janelas engaioladas de seus apartamentos , olhando para o céu que vê sua alma voar para longe, para o interior, para a inocente infância que lá ficou... perdida em uma saudade besta de si mesma. Ah sabiá !... não tens dó de mim. Pois manda ainda os bem-te-vis , nas tardes mornas daqui, para me lembrarem que quase morrí... de saudades dali, de ti, de mim! Do tempo que não passou...e que insiste em viver dentro do menino que sou ! Um menino envelhecido e sem graça...
nelson antonio
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