

Vidinha de médico partejador é fazer a vida vir...Sou muito criticado pelo que escrevo pois não entendem que são gotas de sangue que se esvaem de meu coração... Tenho um sentimento sinceramente muito triste e quase sempre entristecedor e isto incomoda às pessoas que , preferindo não refletir temáticas , optam pelo riso fácil e debochado que lhes é mais propício . Mas cometo poesias e acho que todo poeta é mesmo masorquista, gosta de gostar de sofrer. Este meu O Partejar foi feito numa noite de frio intenso , há poucos anos, no Natal de 2006, em Ribeirão das Neves, a cidade-presídio, quando a mãezinha adolescente estrupada por um traficante, sob ameaça de armas, dava à luz a um filho que ela jamais amaria. Depois do nosso parto que varou madrugada a dentro fiquei com aquele nenenzinho agarrado a mim , choramingando , procurando com as mãozinhas aflitas um seio materno que eu não tinha para lhe dar. Dei-lhe esta poesia, chorando , sozinho, escrevinhando num papel de receituário de maternidade... Pela manhã o nenem foi friamente levado ao Conselho Tutelar para disposinibilidade à adoção.
Na mesma semana , eu dei-me um presente de Natal : pedi demissão da Maternidade São Judas Tadeu ... e nunca mais dei plantão obstétrico. E o nenem nunca mais saiu de minha cabeça, nem de meu coração... E, para completar este ciclo naquela Maternidade , fiz também outro escrivinhar, o Bebê Marginal sob o mesmo prisma - a inexorabilidade do Destino cruel ante a vida dos que nada têm a dar a não ser a sua total miséria social e afetiva!
nelson atonio , aprendiz de poeta
Na mesma semana , eu dei-me um presente de Natal : pedi demissão da Maternidade São Judas Tadeu ... e nunca mais dei plantão obstétrico. E o nenem nunca mais saiu de minha cabeça, nem de meu coração... E, para completar este ciclo naquela Maternidade , fiz também outro escrivinhar, o Bebê Marginal sob o mesmo prisma - a inexorabilidade do Destino cruel ante a vida dos que nada têm a dar a não ser a sua total miséria social e afetiva!
nelson atonio , aprendiz de poeta
Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.
ResponderExcluirO resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória ... Preste atenção no que você esta plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!!
Amigo XAN