FINADOS
nelson antonio
02-11-2010
18 horas
Meus mortos já não repousam mais ali
Onde foram plantados e com lágrimas regados,
Em cada espaçonave de madeira que os vi partir
Levaram pedaços de minha alma arrancados...
Meus pais e os seus pais , mil parentes e amigos
À sepultura solenemente desceram rumo ao infinito.
Hoje apenas jazem pedaços de seus ossos carcomidos
Embaixo de uma lápide com seus nomes sobrescritos.
A morte é implacável em sua sanha voraz,
Como um animal que espreita o deslize de sua presa,
Sabe ser paciente, aliada do humano tempo tão fugaz.
E quando, soberbos, nos julgamos seres imortais
Chega a hora em que os ponteiros não correm jamais
E nos tornamos entre mil lápides um nome a mais!
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