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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Finados



















FINADOS
nelson antonio

02-11-2010

18 horas



Meus mortos já não repousam mais ali

Onde foram plantados e com lágrimas regados,

Em cada espaçonave de madeira que os vi partir

Levaram pedaços de minha alma arrancados...



Meus pais e os seus pais , mil parentes e amigos

À sepultura solenemente desceram rumo ao infinito.

Hoje apenas jazem pedaços de seus ossos carcomidos

Embaixo de uma lápide com seus nomes sobrescritos.



A morte é implacável em sua sanha voraz,

Como um animal que espreita o deslize de sua presa,

Sabe ser paciente, aliada do humano tempo tão fugaz.



E quando, soberbos, nos julgamos seres imortais

Chega a hora em que os ponteiros não correm jamais

E nos tornamos entre mil lápides um nome a mais!

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