LAVRA
Nelson Antonio ( letrista , em minha própria música )
Laraiê, raiê, raiê....
Laiê., laiá...
Laraiê...raiê... laiá...
No sertão da siriema,
Como sofre o lavrador...
Que lavra a terra alheia
No chicote de um senhor;
E a terra tão ingrata,
Só dá fio que num qué...
Se é home vem doente,
Se é são, já vem muié...
Eh país que é inferno,
Desgraçado do sertão...
Meu canto tem que sê berro
Pra explicá minh'aflição.
O braço que é magro
Num guenta luta não,
Mas a voz que não se cala
Vai gritá a toda nação:
- Que o sertanejo é um forte,
Não se abate a marechá,
E lutando inté co´a morte,
Sua honra há de ficá!
Nosso livro é a enxada ;
Nosso leito é a terra;
Nossa pátria é a espada
Que nos mata e nos enterra !
( Em lamento :
Laraiê, raiê, raiê....
Laiê., laiá...
Laraiê...raiê... laiá... )
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