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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aquarela da solidão




Aquarela da solidão

nelson antonio



Conversando a sós comigo no reflexo
Do sinteko espelhado das tábuas da sala
Fito em meu rosto triste e sem nexo
Uma boca inerte que se me cala

No coração mudo desesperançado
Ecoam meras palavras sem sentido
Esboços de mim num quadro inacabado,
E na palheta de tintas mil coloridos ...


Às vezes me sinto tão incompleto
Tijolos, cimento e areia na calçada
E só me edifico para o nada.


Estático, devaneio em vidas passadas
Um sonho que me fugiu pelos dedos inquietos
Enquanto a alma em soluços despedaçava...

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